
O Centro de Integridade Pública (CIP) sugere a anulação do ano lectivo no âmbito da Covid-19. Defende que Governo deve desenhar um plano detalhado para intervenções mais profundas nas escolas para evitar uma contaminação massiva.
A organização não-governamental sugeriu, na segunda-feira (20.07), que o Governo moçambicano avalie a possibilidade de anulação do ano lectivo para garantir que se criem condições para uma reabertura segura das escolas face à Covid-19.
“O Governo deve avaliar um possível cancelamento do ano lectivo 2020, de modo a que o segundo semestre sirva para efectuar as melhorias possíveis para um retorno mais seguro em 2021”, lê-se numa nota da organização.
No início deste mês, o Governo anunciou que vai gastar 3,5 mil milhões de meticais na reorganização das escolas, para a sua reabertura faseada face aos riscos impostos pela Covid-19.
“Este valor vai ser destinado à reabilitação e reposição de sistemas de abastecimento de água e saneamento nas escolas, internatos e centros de formação”, disse, na ocasião, o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João Machatine, após uma sessão do Conselho de Ministros, em Maputo.
Para o CIP, o Governo deve desenhar um plano detalhado para intervenções mais profundas nas escolas, alertando que a estrutura actual do sistema de ensino não garante que apenas a reabilitação e a reposição de infraestruturas de água e saneamento sejam suficientes para evitar uma contaminação massiva.
“O CIP é da opinião que há necessidade de se retornar às aulas presenciais e à vida normal, mas este retorno não deve ser à custa do maior valor que um ser humano pode ter, a vida”, destaca a ONG.
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