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Manuel Chang volta a Moçambique

É oficial. No mesmo dia em que arrancou o julgamento do badalado caso “dívidas ocultas”, as autoridades sul-africanas confirmaram a extradição de Manuel Chang para Moçambique, ele que está preso na terra do rand desde Dezembro de 2018, a pedido dos Estados Unidos da América.

Um comunicado do Ministério da Justiça e Serviços Correcionais sul-africano, emitido esta segunda-feira, 23 de Agosto, confirma a decisão, que já era especulada desde ontem. “O Ministério da Justiça e Serviços Correcionais confirma a decisão de extraditar o arguido para Moçambique”, lê-se na nota, na qual os sul-africanos dizem ter tido em conta o facto de Manuel Chang não mais gozar de imunidade, dado que já não é deputado da Assembleia da República.

Por cá, já há reacções. O Fundo de Monitoria ao Orçamento diz que vai apresentar uma contestação ao Tribunal Superior sul-africano, uma vez entender que a extradição de Chang para Maputo representa o “triunfo da impunidade”.

A DW cita declarações prestadas por Adriano Novunga à agência Lusa, dando conta de que a decisão das autoridades sul-africanas resulta de um “acordo entre as elites”, aproveitando-se do arranque do julgamento do caso “dívidas ocultas” em Moçambique. Sobre o julgamento, o activista afirma ser um “teatro”.

Considerado peça-chave no calote que lesou o estado em 2.2 mil milhões de dólares, Chang era disputado pelas autoridades moçambicanas e norte-americanas. O pedido de extradição dos Estados Unidos deu entrada no dia 29 de Janeiro de 2019. Já o de Moçambique só chegou às mãos das autoridades sul-africanas no dia 01 de Fevereiro. AC

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