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Edmundo Matesso quer aposta na massificação do atletismo

O candidato a presidência da Federação Moçambicana de Atletismo (FMA) Edmundo
Matesso considera que o crescimento da modalidade depende da massificação a partir das
escolas, daí ser esse um dos pontos fortes do seu manifesto eleitoral.

Texto: Arão Nualane
É apologista da ideia de que “é de pequeno que se torce o pepino”, por isso avança para às
eleições hasteando a bandeira da massificação do atletismo tendo como base as escolas. “A
quantidade é a base da qualidade”, diz o candidato, que promete trabalhar duro para encontrar
mais atletas como Court Couto, Crevo Machava e Edmilsa Governo.
Edmundo Matesso entende ser essa a fórmula ideal para tirar o atletismo do “marasmo” em que,
supostamente, se encontra mergulhado. “Certas pessoas que viram o marasmo em que o
atletismo se encontra incentivaram-me a concorrer à presidência da FMA”, sublinha.
Para lograr os seus intentos contam com o apoio daquela que é, porventura, a figura maior do
desporto nacional, a campeã olímpica dos 800 mestros, Maria de Lurdes Mutola. “É uma pessoa
completa, que nos vai ajudar a desenvolver o nosso projecto sem muitas dificuldades. É verdade
que algumas coisas vamos ter que enfrentá-las, mas quem está com ela tem o meio caminho
andado”, garante.
A menina de ouro surge na lista como vice-presidente para a área do marketing, e deverá usar o
seu inesgotável capital para atrair parcerias estratégicas para a Federação Moçambicana de
Atletismo. Matesso acredita que Mutola dará um grande contributo no dirigusmo desportivo,
valendo-se até da experiência que acumula na gestão da sua própria fundação.
“Não vamos tirar mérito aos que vêm trabalhando”
Matesso reconhece o trabalho realizado por quem já passou pela Federação Moçambicana de
Atletismo, mas entende que seria “faltar a verdade” dizer que “está tudo bem”. Antes pelo
contrário, o atletismo sofre uma “estaganação”.
“Temos no país muitos jovens e crianças, e não se integrou toda uma sociedade para que as
associações que são fazedoras do atletismo ao nível das províncias fizessem mais competições”,
critica o candidato, para quem “é preciso apostar numa gestão criteriosa e participativa para que
as associações façam parte de acções que visem acabar com a estagnação. Aqui a comunicação é
muito importante entre as associações e a federação”, defendeu.
Por outro lado, Edmundo Matesso quer ver o atletismo na agenda dos clubes nacionais, algo que,
no passado, era muito frequente. Reconhece, porém, que as infraestruturas constituem um

“calcanhar de Aquiles” e diz que o seu elenco terá de fazer um levantamento ao nível do país por
forma a ter uma ideia clara das condições existentes e, em função disso, definir os passos a
seguir.
“Para este projecto de grande vulto, temos que pôr os pés bem assentes no chão, porque temos
que ver que ovos temos para saber o tipo de omeletes que vamos fazer”, sintetizou o candidato,
que também se mostrou preocupado com a conservação das infraestruturas.
“É só ver como é que é usada a pista do Parque dos Continuadores, que foi reabilitada há pouco
tempo. É verdade que é bom quando temos muita gente a fazer a manutenção física, mas há que
ter todo um cuidado para que haja algum critério na utilização”, disse.
Edmundo Matesso tem a concorrência de Kamal Badru no pleito que tem lugar amanhã, 18 de
Setembro, na cidade de Maputo.

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